Sucesso ou vocação?

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A engenheira de materiais Gabriela Hattori, de 29 anos, entrou na construtora Promon em 2006 como estagiária. Nos cinco anos seguintes, teve uma carreira ascendente. Por recomendação do chefe, inscreveu-se numa pós-graduação em gestão de pessoas em 2011.

No curso, as discussões em sala a fizeram refletir sobre suas motivações. Gabriela descobriu que estava construindo uma carreira na profissão errada. “Percebi que gosto mesmo é de comunicação e pes­soas e que a parte técnica do trabalho como engenheira me incomodava.”

O dilema

“Meu gestor disse, mais de uma vez, que estava me preparando para ser sua sucessora. Isso tornou a decisão ainda mais difícil.” De um lado, um futuro promissor e, de outro, uma nova carreira que a atraía.

“E se eu não gostasse? Eu estaria jogando cinco anos difíceis na faculdade de engenharia no lixo?”, lembra Gabriela. A parte financeira também dificultava a decisão, já que uma carreira em engenharia é mais bem remunerada do que uma trajetória em RH.

A decisão

“Consultei a executiva de RH da Promon para saber das oportunidades na área. Falei com meu marido e com meu pai. A cada bate-papo apareciam pontos diferentes para avaliar. Na mesma época, surgiu uma vaga de analista júnior de RH, candidatei-me e, em duas semanas, estava na nova área. Tive de arriscar.

Hoje, ganho 25% menos do que os colegas engenheiros e não tenho um plano de carreira tão estruturado. Por outro lado, já fui promovida a RH pleno. Não me arrependo. Aprendo muito a cada dia, e não saber o que pode acontecer no futuro não me assusta mais.”

Fonte: EXAME