É a inovação ou as práticas obsoletas que vem matando as coisas do passado?

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As inovações introduzem novos benefícios ao mercado, muitas vezes com menor custo, maior praticidade e maior agilidade. As pessoas acreditam que é a internet em si que vem criando tudo isto, mas basta lembrarmos da lâmpada elétrica, do carro, do celular seguido do smartphone (ou alguém lembra que este aparelho servia em tese para efetuar ligação telefônica) e outras evoluções para verificarmos que são inovações melhorando algo que já existe.

Na prática, estas novidades concorrem com os produtos e serviços já existentes, mas que podem ser melhorados beneficiando imensamente o consumidor. Aí é que começam os conflitos. Poucos fornecedores se prepararam para enfrentarem modelos de negócio melhores e mais eficientes, que atendem muito melhor o consumidor do que o produto/serviço tradicional.

Estes fornecedores, engessados em modelos ultrapassados e presos a processos convenientes e confortáveis para si, custam a perceber as mudanças do mercado. Porém o consumidor, maior beneficiado, não demora a perceber e migrar para o mais vantajoso.

Então, o impacto destas “mudanças bruscas” não são facilmente aceitos por empresas solidificadas em seus setores, que tentam se proteger ao esconder-se na legislação criada por políticos. No entanto, antes da lei, há o que é entendido por certo e errado pelas pessoas. E o consumidor percebe que a atuação política apenas busca prejudicá-lo novamente, forçando ou dificultando-o a usar um produto/serviço melhor, ordenando que utilize o velho, arcaico e caro, apenas porque o político assim o quer, por receber um benefício do lobby da ‘industria prejudicada’ com a concorrência ‘desleal’.

Não existe concorrência desleal na visão do consumidor, quando este leva a vantagem e este assim o decide. O que existe é apenas proteção de fornecedores em prejuízo do consumidor. É isto que chamam de contrabando, de concorrência desleal ou qualquer outro nome. “Contrabando”, por exemplo, é alguém ir longe (além de uma linha imaginária chamada fronteira), buscar algum produto, pagar tudo que precisa no lugar da compra, voltar e entregar para o consumidor a mesma coisa ou melhor do que um fornecedor mais próximo, porém, mais barato.

Não confundir contrabando com falsificação. Estamos citando “contrabando” de produtos em conformidade com o conhecido e esperado pelo consumidor. Tipo alguém pegar um avião, voar durante horas até os EUA, comprar iPhones, pagar os impostos lá, encarar mais várias horas de vôo para retornar e, ao chegar aqui, ser considerado um contrabandista simplesmente porque trouxe algo que já pagou imposto na origem, viajou dezenas de horas num avião, consumiu seu tempo/trabalho para procurar o local onde comprar o produto e mesmo assim, depois de todas estas etapas extras e gastos, chegou mais barato. Se não é considerado “descaminho” (a maioria conhece isto como contrabando, mas o termo “certo” é descaminho), eles vão taxar absurdamente a pessoa como uma “lição” para que ela não faça isso mais. E se quiser ficar com seus produtos, será extorquida em valores absurdos sob pena de perdê-los.

A mensagem que estes parasitas obedecendo ordens de políticos é: consumidor, você tem que comprar de quem eu quero e deixo vender. Não adianta fugir do meu controle, porque eu sei o que é melhor para você. Você não sabe o que é melhor para você. Isto é necessário para “proteger a indústria nacional”. Caso queira entender mais como esta “proteção” é ruim para um país, leia A falácia da proteção da industria e serviço nacional como forma de enriquecimento de uma nação

Mas se refletirmos pela frase, podemos apenas entender que: Você, o consumidor, tem que pagar mais caro para algo ruim, mesmo que exista outro melhor, porque isto simplesmente é o melhor para você, e vai lhe gerar muitas vantagens, por mais que não veja. Ou seja, você só pode comprar de quem os políticos querem que você compre. Mesmo que isto te faça estar em condições muito piores do que viajar dezenas de milhares de quilômetros, adquirir o bem, trazê-lo e gozar de todas as vantagens que ele trará a sua vida, simplesmente porque você não comprou de alguma empresa amiguinha da classe política. E utilizaram o aparato do estado para te intimidar a não fazer esta melhor compra, esta melhor escolha. Caso queira ler mais sobre isto, veja o artigos:

  1.  Livre mercado –  Comentário para reflexão sobre um caso concreto
  2. Como os políticos dificultam sua vida para em seguida se apresentarem como a solução

Ninguém vai deixar de usar algo reconhecidamente melhor e mais vantajoso porque um terceiro assim o quer. A história econômica ensina que não é possível brigar com o mercado consumidor. É necessário se adaptar aos novos tempos em vez de tentar congelar artificialmente as coisas ao passado. Por isto, negócios que tentarem resistir à evolução, ignorando a vontade do consumidor, irão desaparecer sem deixar vestígios.

Ou alguém aqui tem saudade de serviços e produtos antigos que deixaram de existir e substituídas por coisas muito melhores? (a não ser que você seja um saudosista ou um colecionador, claro).

 

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