É muito comum ouvirmos falar algo do tipo “a tecnologia acabou com os táxis”, ou “a tecnologia matou as locadoras de filmes” e várias outras afirmativas do tipo. Mas será mesmo que foi a tecnologia que matou essas coisas todas? Ou foi a falta dela? No artigo hoje, discutiremos um pouco sobre esse paradigma.
A sociedade acredita que é de hoje que o ritmo de eliminação de certos serviços e produtos vem acontecendo de maneira rápida. Infelizmente não é. Isto é um processo contínuo que, se observado no dia a dia, não parece estar acontecendo, mas se olhado no tempo, percebe-se que empresas antes tidas como as maiores, que dominavam setores importantes, deixam de existir ou se tornam pequenas por conta da evolução. Muitos já nem sabem quem foi a poderosa Kodak, a Nokia a cia aérea Panam e várias outras empresas que já figuraram entre as maiores do mundo e deixaram de existir (ou praticamente isso). Abaixo iremos abordar um pouco desta “permanente revolução” atual.
Raros são os casos como a Motorola que se foi do ramo dos celulares, superada pela Nokia, e depois conseguiu voltar.
- Netflix não matou a Blockbuster.
Algumas cobranças ridículas posteriores a mataram.
- Uber não está matando os serviços de taxi.
Acesso limitado, péssimo atendimento e o mercado altamente regulamentado impedindo entrada de novos fornecedores é que estão matando o táxi.
- Apple não matou os Palm Top.
A péssima usabilidade, necessidade de utilizar uma caneta e não as mão e pouco apelo gráfico os mataram.
- Streams de música não estão matando a indústria fonográfica.
Ser forçado a comprar um album completo e não apenas as músicas desejadas é que está matando.
- AirBNB não está matando a industria hoteleira.
Baixa disponibilidade e poucas opções de preço, sim.
- Amazon não está matando os revendedores.
Serviços ao consumidor de baixa qualidade e pobre experiência de compra estão.
- Stream de vídeo não está matando a TV aberta.
A falta de controle do usuário sobre o que, quando e como assistir é que está acabando com a TV aberta.
- Whatsapp e Telegram não estão matando o SMS.
O alto custo das mensagens e sua baixa confiabilidade de rápida entrega é que estão.
- Lâmpada elétrica não acabou com velas e lamparinas.
A praticidade, melhor custo/benefício, maior segurança, maior qualidade e simplicidade é que o fizeram.
- Criptomoedas (bitcoin, etherium, dash, litecoin, etc) não estão acabando com o papel moeda.
Políticos que ignoram as leis econômicas, roubam as pessoas em todas as transações pacíficas através de impostos e uma falsificação feita pelo governo do papel moeda, diminuindo constantemente seu valor e o tornando algo não confiável, é que está.
- Sistemas de gestão documental digital não estão acabando com os arquivos mortos e documentos impressos.
É a agilidade, menor custo, não necessidade de espaço físico ou pessoas para condicionar pilhas de papel, assim como disponibilidade em qualquer lugar do mundo a qualquer hora é que o fazem.
Tecnologia não é o que está inovando ou mudando a forma de competir nestes casos. Não ser um serviço voltado e centrado no usuário, focado em sua boa experiência é que está mudando o cenário
Vemos que são as escolhas livre das pessoas que estão enterrando certos produtos e serviços e não a vontade ou imposição de políticos ou de grandes empresas empoderadas atualmente com dinheiro e/ou influência política que estão moldando as coisas.
Claro que as empresas citadas, que agora estão vencendo por qualidade e escolha livre de cada consumidor no ato de consumir seus serviços, não possam no futuro mudar de lado, se associarem com os políticos na busca de impedir que seus consumidores migrem para outros produtos e serviços mais adequado e melhor, da mesma forma que muitas empresas e pessoas fornecedores de soluções vem hoje buscando impedir a evolução natural, associando-se a políticos e buscando impedir que cada um possa escolher o que é melhor para você, através de lei, regulamentações e privilégios para os amigos.
Caso queira saber mais sobre este assunto, leia É a inovação ou as práticas obsoletas que vem matando as coisas do passado?
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