Saindo da inércia: do zero à corrida

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No artigo de hoje, iremos abordar um tema comum para aqueles que desejam começar a praticar algum exercício físico, mas não sabem como começar. Daremos algumas dicas sobre como iniciar e traçaremos um planejamento básico para você sair da inércia total (o que chamamos de “zero”) até os primeiros passos na corrida de rua.

Nos últimos anos, o termo “qualidade de vida” se tornou praticamente o “prato do dia” nas rodas de discussões, consultórios médicos, nas dicas nutricionais e, claro, nos ambientes onde se praticam atividades físicas como academias, praças de esportes públicas com ou sem orientação de profissionais e nas aulas de Educação Física nas escolas. 

Porém, quando se trata da vida de uma pessoa, é preciso ter certos cuidados. Devemos tentar englobar saúde física e mental, adotando hábitos saudáveis. Evidente que o item mais visível a olho nu na má qualidade de vida de uma pessoa, é o sobrepeso. Sobrepeso esse que pode levar a uma obesidade que, segundo especialistas, há possibilidades de desencadear em uma série de doenças incluindo a diabetes.

Sobre a iniciação da prática de exercícios físicos regulares, uma das preocupações é com a dificuldade que a pessoa pode sentir estando com sobrepeso. Contudo, isso não é motivo para desânimo. O importante é espantar o “MONSTRO” da inércia. 

É bom salientar que, qualquer que seja o peso ou a idade da pessoa iniciante, é necessário cautela principalmente nas primeira etapas do trabalho na busca de um bom condicionamento físico.

Sempre que se fala, se discute ou se debate sobre o peso de uma pessoa, é citado o IMC (Índice de Massa Corporal), que é calculado por uma fórmula simples: IMC= p:a2 ( Índice de massa corporal é o peso dividido pela altura ao quadrado). 

Exemplo: Uma pessoa com 1,70m de altura e peso de 60 kg, está com um IMC de 22,5. Esclarecendo que um IMC de 23 a 26, por exemplo, é um IMC com o qual a pessoa não está aparentemente muito magra nem gorda.  Uma modelo magérrima ou um maratonista de alto rendimento (dando como exemplo os quenianos que são hoje os melhores do mundo) têm IMC perto de 19 ou até 18. 

Ainda sobre o IMC, cabe esclarecer que o mesmo não é uma verdade absoluta e sim uma referência. Porque vejamos, um halterofilista apresenta um IMC alto e não está com sobrepeso porque seu corpo está composto de músculos e não de gordura. Existem outros índices específicos para determinadas características que se deseja medir. Mas não iremos discuti-los neste primeiro momento.

Proponho com essa metodologia chamada “Do zero à corrida”, uma mini-planilha de trabalho de base para 3 semanas alternando corridas leves e caminhadas, com duas alternativas de  dias ou seja: segunda, quarta e sexta ou terça, quinta e sábado. Domingo sem atividades (livre). As atividades poderão ser feitas pela manhã ou à tarde de acordo com a disponibilidade de cada um. 

Dia Atividade
Domingo Sem atividade (livre)
Segunda-feira Andar 400 metros + correr 400 metros
Quarta-feira Andar 400 metros + correr 400 metros
Sexta-feira Andar 400 metros + correr 400 metros
Total 2,4km

 

 

Dia Atividade
Terça-feira Andar 400 metros + correr 400 metros
Quinta-feira Andar 400 metros + correr 400 metros
Sábado Andar 400 metros + correr 400 metros
Total 2,4km

 

Convém destacar que as planilhas iniciais sugeridas por enquanto, são para pessoas de condições físicas heterogêneas compostas  por homens e mulheres de diferentes idades, peso e nível de condicionamento. Ou seja, é um balizador para a progressão do trabalho.

Sugiro ainda que não se fixem rigidamente nesses números e dias, uma vez que eles podem estar acima ou abaixo da sua capacidade atual. O inicio exige cautela. Aliás, paciência, cautela e disciplina são virtudes de um verdadeiro corredor. 

 

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