Hoje, devido à modernidade (e nela incluídas as tecnologias de automação de tarefas do dia a dia), há uma tendência de nos exercitarmos fisicamente bem menos. Diante disso, é praticamente unânime a recomendação, principalmente dos profissionais da área médica, da prática de exercícios físicos em busca de uma boa qualidade de vida. Por menor e mais simples que seja a atividade escolhida, é importante que se crie o hábito de praticá-la com determinação.
Em Março/1983, eu tinha 29 anos, eu me considerava um sedentário. Era um peladeiro de finais de semana e fumante. Tomava minha “cervejinha” moderadamente. Já naquela época, parecia ser uma regra após as peladas, a “resenha” e a cerveja. Muita cerveja! E fumava-se muito. Hoje fuma-se menos, graças a Deus!
Pensando em melhorar a minha qualidade de vida e a do meu filho de recém nascido, resolvi parar de fumar. Nessa época, conheci na empresa que trabalhava o maratonista Joel Brito e nos tornamos amigos. Incentivado e orientado por ele, comecei a treinar nas ruas próximas de onde eu morava. Exatamente em 4 de Setembro de 1983, participei da minha primeira corrida. Foi uma prova de 6 Km organizada pela então Escola Técnica Isaac Newton em Belo Horizonte, MG. Depois disso, nunca mais parei. Lá se vão 34 anos desde então.
Há relatos de que as corridas de rua surgiram no século XVIII na Inglaterra. No Brasil, o esporte só começou a ganhar força popular no inicio da década de 70. Há quem atribua esse crescimento, à influência do médico norte-americano Dr. Kenneth Cooper, o criador do famoso “Teste de Cooper”. Nos últimos anos, a corrida de rua apresentou um crescimento exponencial no que se refere principalmente às provas realizadas e à quantidade de praticantes. A corrida de rua talvez seja o evento esportivo mais democrático que exista, considerando a função de esporte, competição, recreação, inclusão e socialização. Isso se deve ao fato de que essa modalidade recebe participantes de várias idades, dos mais jovens até os mais idosos, sem adotar nenhum critério de seleção. O ambiente é animado, festivo, estimulante e, por que não, “contaminante”.
Sair do sedentarismo não é algo tão complicado. Algo bem simples que você já pode fazer desde hoje, por exemplo (que é algo bastante corriqueiro na vida de muitas pessoas), é dispensar o uso do elevador e subir as escadas a pé. Outra coisa que você já pode fazer é começar a organizar o seu tempo para ir à padaria próxima da sua casa caminhando. Entretanto, se desejar alçar um “voo” um pouco mais alto e participar de uma corrida, é recomendável passar por uma avaliação médica e seguir algumas orientações básicas.
Se você deseja melhorar sua qualidade de vida através da prática de esportes, mais especificamente a corrida de rua, fique atento às próximas publicações, em que darei dicas sobre como começar, além de orientações mais específicas sobre a prática do esporte. Se o sedentarismo é uma “dor” que você sente em sua vida e acredita que a prática de esportes poderá ser benéfica para melhorar sua saúde física e mental, será uma satisfação poder ajudá-lo.