Cada pessoa deseja até sem perceber, cada vez receber mais entregando menos. Isto é natural. É um interesse que temos sem notarmos, e é muito racional por sinal.
Este desejo, é o que força a melhoria natural de sistemas de mercado livre e de sistemas voluntários. Infelizmente coexiste com um sistema de força, que obriga as pessoas a não terem esta escolha, como por exemplo, os impostos, a garantia de monopólio dos transportes públicos, monopólio de eletricidade, monopólio e em geral, tudo relacionado a governo segue esta regra oposta. A regra que você não escolhe, os políticos escolhem para você e a única hora que você é chamado é para pagar.
Mas foquemos sob os sistemas voluntários e analisemos algumas situações.
Por exemplo, o restaurante que você escolhe comer, os acordos livres (não definidos em lei) que você aceita e tudo mais, segue a linha inicial. A de cada vez buscar receber mais vantagens do que o esforço dado em troca.
Numa lingua mais ligada a dinheiro e popular. Cada vez pagar menos e receber mais.
E isto cria um estado contínuo dos fornecedores dos mais diversos produtos e serviços em estarem continuamente buscando melhoria. E o que isto significa? Cada vez atender esta expectativa. Dar mais com menos.
E qual a consequência por trás disto nos empregos, na forma de trabalhar e tudo mais?
Não há como produzirmos cada vez mais com menos, trabalhando da mesma forma que fazíamos no passado. É nececessário evoluir.
É tão óbvio quando pensamentos, mas no dia a dia, o que fazemos, é o contrário disto. Buscamos ficar na nossa zona de conforto e criar resistências a estas mudanças inevitáveis. Afinal, no mercado, todos somos fornecedores e clientes. Exigimos portanto uma coisa dos nossos fornecedores, que nós mesmo não procuramos fazer. Mas esquecemos que para quem fornecemos, há também o mesmo desejo de receber mais por menos.
Logo, nossa posição quase sempre é contrário a nossa própria lógica e modo de ver as coisas.
Constatado isto, o que tem isto a ver com emprego e trabalho.
Salvar certos empregos podem empobrecer a massa, visto que o emprego salvo pode já ser inútil na nova perspectiva de eficiência para conseguir dar mais com neos para o cliente final.
Alguns empregos não tem mais qualquer razão de existir, assim como várias funções antes exercidas. Não importa se desde a fundação da empresa aquela função era vital. Os tempos mudam e a lógica porque muda já sabemos. Entregar cada vez mais para o cliente recebendo menos dele.
Dai temos duas possibilidades:
- Ou pulamos para a evolução do emprego ou da função e saímos na frente dos demais concorrentes na disputa pelos clientes com vantagens
- ou ficamos lamentando e tentando manter o antigo modo e quando for inevitável a competição direta, já éramos.
Pensemos num atleta que era top de sua área no passado.
Daí alguém entendeu que se tivesse um técnico, enquanto ele próprio focava em se treinar fisicamente, o outro focaria em buscar melhor técnicas de como fazer seu treinamento render mais.
Então o trabalho de melhoria foi dividido por 2.
Se o atleta top permanece sozinho, ele tem que fazer os dois trabalhos. Tanto o físico, como o tático.
Dependendo do quanto imaturo é o ramo isto funciona bem. Depois de certo tempo não, porque vão surgindo mais e mais especialidades que somadas, fazem o treinamento como um todo do atleta assistidor ser tão mais eficiente do que não tem qualquer assistência, que por mais que fosse o top de uma área, a curva de crescimento por melhoria do outro tende a alcançá-lo e ultrapassá-lo, claro, respeitandos condições físicas e do estilo de disputa. (afinal, há limite de melhoria dependendo de certas condições).
Mas se pegarmos atletas mais ou menos equivalente, perceberemos esta regra. O talento preguiçoso tende a ser vencido pelo treinamento duro e eficiente.
Infelizmente por termos que entregar cada vez mais com menos, é inevitável esta evolução de especialização, e agora, de automatização da especialização, para que o especialista fique livre de certas funções que fazia e vá para outros campos de melhorias, ou não vai ter qualquer chance quanto mais seu ramo evoluir.
Quando se automatiza certas funções ou empregos inteiros, um novo universo surge, mas muitos são treinados apenas para ver e lamentar o antigo perdido.
A automação abre espaço para evoluir da função, para algo muito mais específico, focado em detalhes mais finos, em melhorias que agora podem ser feitas com muito mais dedicação do que antes. Num primeiro momento, só as melhorias grossas podiam ser feitas, visto que as finas eram de pouco impacto. A medida que se evolui, cada vez menos melhorias grossas ficam disponíveis, e mais e mais campo se abrem para melhorias finas, enquanto a automação cuida do trabalho ‘grosso’ ou repetitivo.
Uma máquina ou programa pode cuidar de maneira automática de muitos trabalhos e funções hoje existentes e o foco de quem busca melhorar deve ser ver detalhes que nunca víamos porque estavamos ocupado em efetuar ajustes grossos.
Agora podemos focar em detalhes finos, micro detalhes, que irão fazer a performance do trabalho ou função ir muito além de qualquer anterior previsão, uma vez que estamos livre da antiga ocupação e estamos livres para fazer uso destas novas vantagens e dos novos recursos.
O fator humano é inevitável, porque sem pessoas, não chegamos a lugar nenhum.
Pessoas valem mais do que dinheiro. É a união que faz a força. Mas não fiquemos preso ao passado. Evoluam antes que seja tarde. Sair do trabalho grosso para o fino, não é questão de um ou poucos dias. Pode levar muito tempo.
Então sincronize sua evolução com o tempo que percebe a evolução exigida para sua área, como fornecedor de outros clientes. Pois naturalmente como cliente, vai exigir dos seus fornecedores cada vez mais por menos. Então, para ter sucesso, seja um fornecedor que atenda este regra.
E todos são fornecedores e clientes. Se você é um garçon, é um fornecedor para o cliente que atende. Mas quando está no supermercado, as pessoas dali é que são seus fornecedores.
Não pense que só empresas tem clientes e fornecedores. Isto é válido para todos nós! Adapte-se para atender seus clientes, nem que este seja seus colegas de trabalho e seu chefe. Porque todos tem um chefe e todos são chefes se pensar como ensinado.
Somos todos fornecedores e clientes e devemos respeitar a regra máxima do cliente. Querer sempre mais por menos! Foque nisto como fornecedores e cada dia será mais valioso.