A Era do Positivismo

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O termo POSITIVISMO foi empregado pela primeira vez por Saint-Simon, para designar o método exato das ciências e sua extensão para a filosofia.

Foi adotado por Augusto Comte para a sua filosofia e, graças a ele, passou a designar uma grande corrente filosófica que, na segunda metade do séc. XIX teve numerosíssimas e variadas manifestações em todos os países do mundo ocidental.

A característica do Positivismo é a ROMANTIZAÇÃO DA CIÊNCIA.

Sua devoção a ciẽncia como único guia da vida individual e social do homem, único conhecimento, única moral, única religião possível.

Como Romantismo em ciência, o Positivismo acompanha e estimula o nascimento e a afirmação da organização técnico-industrial da sociedade moderna e expressa a exaltação OTIMISTA que acompanhou a origem do industrialismo.

É possível distinguir duas formas históricas fundamentais do Positivismo:

  • o Positivismo social de Saint Simon, Comte e John Stuart Mill, nascido da exigência de constituir a ciência como fundamento de uma nova ordenação social e religiosa unitária;
  • e o POSITIVISMO EVOLUCIONISTA de Spencer, que estende a todo o universo o conceito de progresso e procura impô-lo a todos os ramos da ciência.

As teses fundamentais do Positivismo são as seguintes:

  1. A ciência é o único conhecimento possível, e o método da ciência é o único válido: portanto, o recurso a causas ou princípios não acessíveis ao método da ciência não dá origem a conhecimentos; a METAFÍSICA, que recorre a tal método, NÃO TEM NENHUM VALOR.
  2. O método da ciência é PURAMENTE DESCRITIVO, no sentido de descrever os fatos e mostrar as relações constantes entre os fatos expressos pelas leis, que permitem a previsão dos próprios fatos (Comte); ou no sentido de mostrar a gênese evolutiva dos fatos mais complexos a partir dos mais simples (Spencer).
  3. O método da ciência, por ser o único válido, deve ser estendido a todos os campos de indagação e da atividade humana; toda a vida humana, individual ou social, deve ser guiada por ele. [

O Positivismo presidiu à primeira participação ativa da ciência moderna na organização social e constitui até hoje uma das alternativas fundamentais em termos de conceito filosófico, mesmo depois de abandonadas as ILUSÕES TOTALITÁRIAS do Positivismo romântico, expressas na pretensão de absorver na ciência qualquer manifestação humana.

 

O positivismo, como um sistema filosófico, sustenta que toda afirmação racionalmente justificável pode ser verificada cientificamente ou é capaz de prova lógica ou matemática, e que, portanto, rejeita a metafísica e o teísmo.

Na área do Direito, a teoria de que as leis devem ser entendidas como regras sociais, válidas porque são executadas por autoridade ou derivam logicamente de decisões existentes, e que considerações ideais ou morais (por exemplo, que uma regra é injusta) não devem limitar o escopo ou a operação da lei.