Metamorfose pela revolução

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Os esquerdistas têm em mente aquilo que seria “o justo” (e isso não existe necessariamente como um conceito bem formado, mas mais como um sentimento do que seria “o justo”).

Este justo seria identificado como a “igualdade de resultados” ou, como dizem os juristas, a “igualdade real” (em oposição à “igualdade formal”, que é a igualdade perante a lei), e todos os sacrifícios podem ser feitos em nome desse padrão universal de justiça, que necessariamente se manifesta através de coletividades.

Se indivíduos precisarem ser mortos em pról desta utopia, é válido. O que vale mais é este coletivo de iguais, onde uns são mais iguais que os outros.

Se a verdade entra em conflito com a narrativa dessa justiça social, a verdade deve ser adaptada para encaixar no discurso.

Se o indivíduo entra em conflito com a busca pela justiça social? Pior para o indivíduo. A causa é uma só, mas a forma com que ela se manifesta é mutável, alterando-se a todo momento, precisamente porque, não sendo a verdade uma prioridade ao esquerdista, ela pode ser moldada de acordo com a conveniência do momento.

Essa característica quase quântica de como a esquerda trata de conceitos e verdades (você só sabe com o que terá de lidar quando efetivamente falar com o esquerdista) foi caracterizado por Mises como a técnica do polilogismo e é quase como um mecanismo de autodefesa do esquerdista: assim que ele percebe que um argumento, ideia ou conceito seu será derrotado, ele muda o significado das palavras usadas para definir seus argumentos, ideias e conceitos.

O que é uma palavra ou um indivíduo quando o que está em jogo é a revolução ou a justiça social?