A falácia de que os políticos são reflexo da população que representam

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Todos os dias escutamos frases clichês do tipo “o povo é quem escolhe seus representantes”, “o estado somos nós”, “a Petrobrás é nossa”, “a democracia é o governo do povo” e a mais famosa de todas: “os políticos são o reflexo da população”. Mas será mesmo que isso é verdade? Ou será que isso foi algo que criaram para fazer você se sentir culpado pelos atos ilícitos de quem está no poder?.

O melhor sistema de escravidão e a melhor prisão é justamente aquela que não pode ser vista ou de alguma forma percebida pelo seu prisioneiro. Além disto, é preciso fazer seu prisioneiro acreditar de diversas forma que ele é livre. Aqui está uma das maiores genialidades dos dominadores atuais sobre os dominados: fazê-los acreditar que são justamente o contrário do que realmente são.

Todos os dias escutamos clichês do tipo:

  • O povo escolhe seus políticos
  • Votei no meu representante
  • Ele é o meu deputado
  • O estado somos nós.
  • Sou um dos donos da Petrobrás.
  • Somos parte do governo.
  • Somos o povo.
  • Democracia é o governo do povo.
  • Democracia é a vontade da maioria. Inclusive, este ponto nos leva a pensar se a maioria das pessoas é:
    • Mais burra ou mais inteligente que você?
    • De pessoas muito inteligentes, de pessoas comuns ou até mesmo de pessoas pouco preparadas?

Tudo isso dito acima são meras reflexões. O destaque dado aos pronomes possessivos indicando sua inclusão ou sua posse “do algo” é, na verdade, um questionamento para sua auto-reflexão. Após absorver o conhecimento abaixo exposto, talvez você perceba que os pronomes em destaque não refletem a realidade. Iremos discutir cada um dos pontos citados em artigos futuros para quem desejar se aprofundar. No artigo de hoje, iremos focar em entender por que os políticos não são um reflexo da população que representam.

A seguir, apresentamos um dos motivos que nos permitem afirmar que os políticos não são em si um reflexo da sua população: o próprio sistema eleitoral.

O voto do eleitor já tem um vício de “livre possibilidade real de escolha”. Na realidade, sua escolha não se dá livremente, mas sim conforme uma lista controlada – e bem controlada – de candidatos já definida para cada cargo. Lista essa criada – em condições gerais bem desniveladas – pelo próprio partido e pelas leis que os políticos anteriores ao pleito atual votaram para reger as futuras eleições e impedir uma verdadeira renovação (não de pessoas no poder, mas de pessoas de fora da panelinha no poder). Mesmo que saia um deputado, seu filho ou cunhado ou alguém indicado “entra no lugar” para disputar a vaga.

Com esta limitação dos candidatos, já se tem um grande controle por parte dos caciques dos partidos no que diz respeito a:

  • Quem (e onde) é permitido se candidatar para os cargos mais altos (Presidente, governador, prefeito, senador, deputado federal e deputado estadual)
  • Nos casos de cargos mais baixos (vereadores), em que a facilidade de se candidatar é maior – quase que permitindo que todas as pessoas consigam concorrer – o controle é feito através: 
    • Do direcionamento do dinheiro e do esforço do partido quase que só para os candidatos da panela*.
    • Da publicidade nos meios de maior impacto direcionada somente aos candidatos de maior potencial (escolhidos mais uma vez pelos comandantes dos partidos).
    • Da determinação de que os demais candidatos (os de fora da panela) devem concorrer apenas com seus recursos próprios.*
      • Se deseja por exemplo aparecer na televisão como os vereadores escolhidos, devem fazê-lo com recursos próprios, e não do partido. O recurso do partido é reservado apenas para os indicados e membros da panela. Isto é justificado abertamente como de maior potencial para “puxar” votos*.
      • * O mesmo vale para alguns casos de deputados, que conseguem ocupar vagas “remanescentes” que o partido tem direito e não existe justificativa plausível pelo partido para eliminar a concorrência do candidato de fora da panela e não fazer uso de sua cota total possível para a disputa. No entanto, este o fará com as condições e limitações descritas e destacadas com o “*”.

Este sistema acima descrito de maneira muito simplificado determina o controle de “vontade do eleitor”Logo, dá-se a falsa impressão de liberdade de escolha, quando se tem na verdade apenas liberdade de escolha das cartas marcadas de um baralho.

Não se pode escolher quaisquer cartas do baralho. Muitas nem irão compor o grupo de cartas que se terá à disposição para escolha. Das cartas que compõem o baralho, algumas nem mesmo serão vistas por você na hora de escolhê-las. Darão a você uma quantidade enorme de cartas, porém te apresentando algumas poucas em destaque e te induzido a não ter capacidade – pela circunstância – de fazer uma real escolha entre todas opções existentes no bolo de cartas já marcadas. Tentam direcionar sua atenção apenas para as cartas marcadas como se elas fossem “todas as opções” que você tem.

Para complementar o sistema “de escolha livre” descrito acima,  este é aprimorado aprimorado com um sistema de alienação que combate o pensamento livre e a reflexão, cujos principais elementos são:

  • Controle da mídia de massa.
    • Agora dá para entender porque as concessões de rádio e tv são controladas por políticos e não se pode livremente tentar competir com elas (antes da internet, estes eram os principais meios de propagação da informação).
  • Controle das plataformas de comunicação.
    • Telefonia fixa só pode ser operada com autorização estatal, hoje dada de maneira efetiva a poucas empresas.
      • Por sinal, são praticamente elas que controlam o acesso a internet hoje. Com as poucas empresas existentes, todos os provedores e fornecedores no final das contas são ligadas a elas. Então a falsa ideia que a internet é livre e não pode ser controlada é falsa.
      • Basta poucas empresas (menos de duas mãos cheias), todas dependentes de autorização do governo (cuja autorização proíbe de maneira ‘inteligente’ que outras empresas possam prover o mesmo serviço), para que a internet possa ser controlada, limitada, vigiada ou ‘desconectada’ do mundo.
    • Telefonia celular (o grande filão dos tempos modernos), que também só pode ser operada com aval do estado.
    • O monopólio estatal dos Correios sobre cartas e telégrafos (o mundo evoluiu mais rápido que a política, de forma que isto aqui já foi um controle ultra-estratégico e acabou perdendo significância com a evolução da tecnologia – mas como sempre, não conseguiu por completo ser acompanhado pelos políticos).
  • Serviço público
    • Em vários cargos executivos, onde só seria possível, em tese, entrar através de concurso público, o controle é feito por indicação direta – e bem estudada – dos políticos para cargos comissionados, como por exemplo:
      • Ministros
      • Chefes das mais diversas naturezas dos mais diversos departamentos e empresas públicas.
        • Aqui, por mais que existam funcionários públicos desalinhados com o interesse político dominante, é através do controle dos cargos do topo, de comando destas funções, que é imposto o controle das ações a serem seguidas por cada órgão.
        • Em menor grau, um setor ou funcionário opositor sobre uma ação específica de sua área é forçado a cumprir uma ordem política, disfarçando-a de ordem de seus superiores imediatos – que são chefes não pelo caminho normal de progressão na carreira, mas sim porque são escolhidos por alinhamento político com quem está no comando.
  • Sistema de ensino
    • Há a ideia de que o ensino formal é o elemento transformador e libertador da sociedade, mas este tema é muito longo para ser demonstrado como sendo apenas um método alienador. Será foco de futuros artigos cujos links serão aqui inseridos à medida que forem publicados.
    • Na verdade, a imagem vendida é que o ensino formal é algo que faz as pessoas ficarem mais inteligentes, quando na verdade, podemos ver que de inteligente ele não produz nada, pois:
      • Você não é instigado a pensar
      • Você sai treinado em conhecimento de pouca ou nenhuma utilidade prática, incapazes de alterar sua vida e ou ampliar sua utilidade / capacidade econômica. Apenas após formado, com a mão na massa, é que em geral se aprende realmente o oficio.
      • Toda a pauta que será ensinada, em escolas públicas e privadas são definidos por um órgão estatal de suma importância para os políticos, o MEC.
      • Várias regulamentações criadas por políticos visam enfraquecer o ensino privado (principalmente de enino fundamental e médio), como por exemplo:
        • Criação de barreiras de entrada para alunos destas instituições no ensino público universitário, mediante a ideia de um ajuste de ‘justiça’ imposto pelas cotas.
        • Quem deseja tirar seus filhos da escola pública – que é gerida pelo controle político e reconhecidamente por eles próprios pior do que as escolas privadas, assim como verificado pelos próprios pais que gostariam de ter seus filhos em escolas privadas – mas por questões de regulamentações e altos impostos não conseguem ajustar seu orçamento familiar para conseguir pagar a mensalidade de seu(s) filho(s), vê-se obrigado a deixá-lo(s) na escola pública
        • Determinação do currículo padrão de ensino como algo obrigatório de ser seguido.
      • Impostos e várias regulamentações dificultam a operação de escolas privadas.
        • Por sinal, várias da regulamentações exigidas e altamente fiscalizadas em escolas particulares, não são nem cumpridas na maioria das escolas públicas equivalentes. São apenas barreiras com o objetivo de dificultar o funcionamento, expansão e principalmente abertura de novas unidades na rede privada, impondo dificuldades extras para se manter ou abrir a escola.
      • As escolas públicas acabam se tornando um depósito de crianças, onde o professor finge que ensina e os alunos fingem que aprendem.
      • O professor é obrigado a ensinar uma série de conteúdos que os alunos não se interessam e nunca utilizarão para nada.
      • Só são aprovados os alunos que provarem ser medianos em tudo. Se existir algum aluno que seja extraordinário em alguma disciplina (e não mediano em todas), o mesmo deve ser retido em todas as matérias e obrigado a “estudar” tudo novamente até ser um mediano em tudo.

 

Você não pode votar livremente em quem desejar, mas sim em quem o partido e todo conchavo político autorizar. E este controle é bem elaborado em leis e requisitos definidos pelos próprios políticos de antes do período eleitoral atual. Tudo foi anteriormente definido e combinado, mesmo entre os (falsos) opositores.

A oposição política só existe de fachada. Ela é uma mera disputa entre quem fica com a maior parte do dinheiro espoliado da população e quem estes valores devem beneficiar. Não é uma luta pelo interesse de quem vota, mas apenas uma disputa sobre o interesse do votado.

Aí vem a pergunta: e se ninguém votar, ninguém seria eleito? Infelizmente esta possibilidade não existe. E isso faz com que um presidente da república no Brasil, não raramente, seja eleito com menos de 40% do total de eleitores. Se considerarmos toda a população, estamos falando em porcentagens de votos que às vezes não chegam a 25% do total da população. Procure os dados e verá que os tão falados 50% + 1 que indicam como suficientes para eleger um candidato são em cima dos votos válidos, sendo que o total destes votos válidos é pequeno comparado à população total. Isso reforça o seguinte questionamento: será que a democracia é mesmo o sistema que leva em conta a vontade de maioria?

Da forma como é desenhado o sistema, quem está dentro se mantém dentro ou indica quem entra. Quem está fora, dificilmente entrará, exceto que vença este jogo desigual.

  • Esta desigualdade muitas das vezes utiliza o próprio dinheiro do prejudicado, uma vez que este é obrigado a pagar impostos e parte deste dinheiro legalmente é dado para o controle do partido (fundo partidário). Isto ignorando a maior parte que é destinada aos cacique dos partidos – assim como para políticos atuais –  que vem de desvio de verbas feitos sistematicamente na administração pública.
  • A operação Lava-Jato está ai evidenciando isto mais uma vez. Demonstrando como o dinheiro sai do bolso das pessoas e é levado para o bolso dos políticos.
  • Da mesma forma, há demonstrações que em outros países a maneira é praticamente a mesma, apenas adaptada a realidade do povo de cada país. Ou alguém conhece país em que se ama e se idolatra realmente seus políticos, exceto por efeito das falsas propagandas da mídia?
    • Mesmo que aparentemente haja estes países, quando conhecemos sua realidade é que vemos que o que temos e percebemos aqui no Brasil sobre os políticos é o mesmo visto lá, apenas maquiado pela mídia estrangeira para tentar convencer as pessoas de que o sistema político não funciona apenas em seu país.
    • Afirmam que políticos corruptos existem só em uns poucos países atrasados, que eles são exceção, etc. Quando na verdade, o controle político, se dado a uma pessoa ou grupo, por si só já será capaz de, com regulação, criar vantagens e desvantagens, direcionado para os amigos as vantagens e fazendo o restante pagar por elas.

Daí, podemos discutir outras questões como, por exemplo: o transporte público é vantajoso para a população? Além disso, é a única forma segura de transportar as pessoas? Ou é a população que está sendo forçada a usar um péssimo serviço de transporte (como os táxis e ônibus) e impedida de optar por empresas privadas que fornecem serviço equivalente e que selecionam seus prestadores através de avaliações dos clientes (excluindo motoristas mal avaliados)? Isso é algo ruim? Então o bom é o sistema antigo licenciado e controlado por políticos (por exemplo os táxis), que não respeitam nenhuma regra de mercado e sim puramente legislações que ignoram totalmente as leis econômicas e só levam em conta o lobby político?

O sistema exige que você se habilite para dirigir um carro, seguindo todo um processo burocrático para no fim obter um documento chamado Carteira Nacional de Habilitação. Uma vez que você obtém esta carteira, não há teoricamente qualquer impedimento para você dirigir sozinho ou levando passageiros. Porém, segundo a lógica do estado, se você cobrar algo destes passageiros, você se torna incapaz de levá-los com segurança, e apenas seres superiores escolhidos pelos políticos tem esta capacidade. A sua habilitação se limita a transportar gratuitamente as pessoas. Se receber 1 centavo por isso, você já se torna incapaz, perigoso à segurança pública, uma ameaça ao passageiro que não tem garantida sua segurança neste transporte “clandestino”. Assim, você se torna um criminoso segundo as regras bostejadas por políticos.

Nos cargos mais altos (principalmente no executivo), a barreira de entrada é muito visível conforme demonstrado. Só pode concorrer quem o partido autorizar. É nítido o controle de quem pode ser votado. Você só pode escolher quem está ali ou então não escolher ninguém. Mas um número X de “representantes” irão entrar de qualquer forma. Da mesma forma, você está impedido de, sem a autorização de um partido, disputar estes cargos.

Sobre a concorrência desleal para concorrer em cargos baixo, esta é fruto de um sistema bem instituído quase que no mundo inteiro de desvio de dinheiro dos órgãos para o interesse dos políticos. E você acha que esta luta por indicações de cargos é porque os partidos e políticos querem realmente trabalhar para a população? Não seria mais fácil apenas escutar os depoimentos públicos da Lava-Jato e entender que as indicações são formas de controlar grandes montantes de dinheiro? Dinheiro esse que é aplicado da forma que os políticos desejam, sendo que para validar o uso dos recursos eles se valem de falsas concorrências (licitações em que participam empresas que na verdade são apenas empresas conchavadas com eles para fazer algo “para o povo”, sendo apenas uma forma de darem ar de legalidade e de bom uso das verbas do dinheiro do povo). Tais empresas conchavadas se comprometem a limpar o dinheiro e repassar para agentes políticos, enquanto os políticos e agentes indicados por estes para o comando das agências do governo (entenda-se aqui por “agência” qualquer empresa pública – não foi usado o termo empresa para não criar confusão com as empresas corporativistas que são mera maquete para dar um ar de que o dinheiro de todo povo é usado para fazer ações ou adquirir produtos sérios) tem a obrigação de garantir, via ações executivas ou, se necessárias, regulatórias, que a “concorrência” seja de cartas marcadas e vencida pelos agentes que atuaram em prol dos interesses dos políticos.

Então vários serviços ou produtos prestados por este falsos capitalistas são na verdade, apenas uma maquiagem para que seja gerado um negócio entre o ramo público e o “privado”, e este “privado amigo dos políticos” apenas obtenha os valores combinados, efetue a limpeza destes valores, e gaste legalmente onde os políticos determinarem, ou que “branqueem” o dinheiro de modo que possam passar em espécie para os próprios políticos.

Assim se explica este tanto de apreensões de dinheiro em espécie com políticos que se tem noticiado, dinheiro na cueca, etc. O problema é que o volume que estamos falando é tão grande e assustador, que por alto nos últimos 10 anos certamente se roubou da população brasileira muito mais do que Portugal foi capaz, como colonizador, de retirar do Brasil em todo o período colonial (período este que durou alguns séculos).

Então, mesmo que um candidato fora da panelinha vença toda esta dificuldade de se auto-promover, terá que enfrentar seu próprio dinheiro (vindo de imposto) controlado pelo partido e seus caciques (recebido legalmente, ignorando o ilegal). E o partido, cujo comando já é de políticos anteriores à eleição atual e de partes da panelinha, irá definir como melhor usar toda a verba vinda do povo contra você e a favor dos candidatos da panela – e certamente contra o povo.

De maneira simplificada, isto é parte do esquema que te faz ter a ilusão de escolha. Mas não se pode ignorar o efeito do tempo, a existência de membros políticos anteriores definindo regras e condições de disputa e a certeza que eles, ao votarem no passado qualquer regra eleitoral ou partidária, estariam buscando beneficiar os atuais membros (que são eles mesmos votando as regras de disputas futuras que eles mesmos ou indicados poderão participar). Membros estes que já dominavam o sistema político e, de maneira quase imperceptível, por meio de regulamentação eleitoral, prejudicam qualquer um de fora que desejar entrar na política, exceto raras exceções que não poderiam ser barrados de maneira imperceptível.

Dessa forma, uma ou outra pessoa de destaque de alguma área quando entender que deve entrar na política para ajudar a arrumá-la, acreditando que a administração pública não funciona por conta de falta de conhecimento e/ou de interesse, ao conseguir adentrar, geralmente em pouco tempo sai após entender a regra podre do sistema. (exemplos como Tiririca, Romário, Bernardinho, entre outros casos).

É quase tudo feito para não funcionar mesmo, gerar atraso e impedir o progresso. Afinal, quanto mais rico o povo, menos precisaram de “favores” dos políticos.

Estes são na verdade os responsáveis por destruir a maioria das condições ideais existente de progresso, gerar problemas inexistentes ou impedir a solução de certos problemas, apenas para se fazerem necessários.  O artigo Como os políticos dificultam sua vida para em seguida se apresentarem como a solução aprofunda um pouco mais na questão.

Ou você acha que todos eles não sabem que investimento em infra-estrutura gera progresso? Que os impostos hoje são mais do que o dobro do que no Brasil colonial? E tudo isto é acaso, porque o estado dá mais retorno para o cidadão? Ou será que eles foram, ano a ano, te acostumado a viver com menos e a dar mais para os políticos administrarem segundo seus interesses?

Seria então o certo, dizer que os governantes são seus ou que você é dos governantes?

As pessoas se rebelaram contra Portugal por 20%. Hoje, isto seria um privilégio pagar tão pouco. Somos livres? Os políticos são mesmo um reflexo da população que os “elegem”?

Fica ai sua reflexão e o espaço para que conclua.